Wednesday, March 28, 2007

«Le microcrédit n'est pas un levier fort du développement»

Jean-Michel Servet, économiste, pointe les limites du système :

Professeur d'économie à l'Institut d'études du développement de Genève, fondateur du programme de recherche sur la microfinance à l'Institut français de Pondichéry (Inde), Jean-Michel Servet est aussi l'auteur de Banquier aux pieds nus (1). Entretien.


Comment expliquez-vous le formidable essor du microcrédit ?
C'est un vrai outil qui permet d'attirer l'attention sur les exclus des services financiers dans un monde qui se financiarise, mais il faut comprendre ses limites. En France, le coût de distribution d'un euro de crédit coûte jusqu'à un euro. Difficile à tenir sans subvention publique sauf en consentant des taux d'intérêts prohibitifs. Le niveau de remboursement (87 %) masque aussi des rééchelonnements fréquents des prêts.

Mais le potentiel est réel ?
On évalue 60 000 créations d'entreprises microfinancées par an en France. C'est un coup de pouce pour la réinsertion, un moyen de répondre à un besoin d'entreprendre une activité. Mais il est à comparer aux 6 millions de chômeurs et aux travailleurs pauvres. A l'instar de ce qui se passe en Chine ou en Inde, le vrai moteur de la croissance, c'est l'emploi salarié, pas l'entrepreneur pauvre. Ce type de développement par le bas porte ­ y compris en Europe ­ des risques en matière de respect des normes de sécurité ou d'environnement.

Le microcrédit touche 100 millions de personnes dans le monde...
L'outil est intéressant dans les sociétés postcrises, en Argentine, en Europe orientale ou postconflits, comme en Bosnie. Il sert à améliorer le budget des familles ou à stabiliser des activités professionnelles, pas forcément à des investissements productifs. Or, porté par les institutions internationales et des ONG qui se transforment en banque, le microcrédit vire à la mode, au credo. Il n'est qu'une partie de la microfinance, qui peut concerner l'épargne, les transferts financiers pour migrants, la microassurance, etc. Il ne remplace en rien les infrastructures, les besoins en santé, en éducation, en eau. Si c'est parfois un filet de sécurité pour les moins pauvres d'entre les pauvres, ce n'est pas un levier fort pour le développement. Il ne représente d'ailleurs qu'entre 1 à 2 % de l'aide au développement.

A-t-il quand même un impact réel ?
Cela reste à voir. Prenons le Bangladesh, le pays de Mohammad Yunus, Prix Nobel de la paix 2006, avec sa Grameen Bank. C'est le marché au monde le plus saturé de petits prêts. A elles seules, les vingt plus grandes institutions de microcrédits touchent 21 millions de familles, soit 105 millions d'habitants, sur un total de 147 millions. Comment expliquer que 36 % de la population vivait, en 2004, encore sous le seuil d'extrême pauvreté, avec moins d'un dollar par jour, comme en 1990 ? Par ailleurs, le pays a reçu dix fois plus d'aide au développement par tête d'habitant que l'Inde.

Et l'Inde, justement ?
Selon les études de l'Institut français de Pondichéry, le microcrédit ne change rien dans 70 % des cas, profite à 15 %, surendette dans 15 % et a même entraîné des vagues de suicides chez les paysans. La microfinance est un peu le même mythe que les transferts des migrants dont on vante l'apport aujourd'hui ; or, la moitié des migrants en France qui veulent créer une entreprise veulent le faire en France et 80 % rapatrient de l'argent dans leur pays pour la famille ou l'immobilier, mais bien peu dans des activités productives, notamment dans le secteur rural...

Comment faire pour aider 80 % des gens exclus du système bancaire dans les pays les plus démunis ?
Contrairement à ce qu'on pense, en Afrique par exemple, 50 pays sur 54 connaissent une situation de surliquidité bancaire, selon une étude du Fonds monétaire international. Il manque simplement de fonds de garanties pour inciter les banques à prêter de l'argent. L'aide publique au développement pourrait jouer ce rôle-là, mais elle ne le fait pratiquement pas, car ce genre d'appui n'est pas comptabilisé dans l'aide ! Résultat, les coopérations des pays riches préfèrent faire de la communication en finançant des ONG.

Les banques traditionnelles surfent aussi sur le microcrédit ?
«L'éthique» , la «responsabilité sociale» ou le «développement durable» sont des thèmes porteurs au moment où les banques engrangent des bénéfices records. Il ne faut ni diaboliser le microcrédit ni fantasmer sur les potentialités de cet instrument financier.»
(1) Editions Odile Jacob, 2006.

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Sunday, March 18, 2007

Os 10 Princípios chave das Microfinancas


1. Os Pobres não necessitam apenas de emprestimos, mas de uma variedade de serviços financeiros.Como quaisquer pessoas, os pobres necessitam de serviços financeiros que sejam convenientes,flexíveis, e acessíveis. Dependendo das circunstâncias, os pobres não desejam apenas empréstimos, mas também poupança, seguros e acesso a transferências de valores.

2. As Microfinanças são um instrumento poderoso na luta contra a pobreza. Quando os pobres têmacesso a serviços financeiros, os seus rendimentos aumentam, aumentam os seus activos, assim comosua proteção ante a choques externos. Famílias pobres usam as microfinanças para mover-se além da subsistência diária, fazendo provisoes para o futuro: investem em melhor nutrição, em habitação, saúde, e educação.

3. As Microfinanças significam a construção de sistemas financeiros que sirvam aos pobres. Na
maioria dos países em desenvolvimento, a maior parte da população é pobre, entretanto, esta maioria é a menos provável de se beneficiar de serviços bancários. As Microfinanças são frequentemente vistas como um sector marginal – uma actividade de desenvolvimento que diz respeito a doadores, governos, ou investidores com consciência social, mas não como parte integral do sistema financeiro de um país. As microfinanças, entretanto, só atingirão o máximo número de pobres quando forem integradas ao sistema financeiro.

4. As microfinanças podem e devem ser auto-suficientes para atingir um grande número de pessoas pobres. A maioria dos pobres não tem acesso a bons serviços financeiros que atendam suas necessidades porque nao existem instituições fortes o suficiente que forneçam esses serviços. Instituições fortes têm de cobrar o suficiente para cobrir seus custos. A recuperação dos custos não é um fim em si mesma, mas antes a única forma de atingir a escala e o impacto para além do que os doadores podem financiar. Uma institutição auto-suficiente em termos financeiros pode continuar e expandir a sua oferta de serviços no longo prazo. Atingir esta forma de sustentabilidade significa diminuir custos de transação, oferecendo serviços mais úteis aos clientes, e encontrando novas formas de alcançar os pobres desprovidos de acesso ao sistema bancario.

5. As Microfinanças tratam da construção de institutições financeiras locais de caráter permanente. O financiamento dos pobres requer institutições financeiras sólidas que forneçam serviços financeiros numa base permanente. Estas institutições precisam mobilizar poupança doméstica, reciclando-as em empréstimos e no fornecimento de outros serviços. À medida que as instituições e os mercados de capitais amadurecerem, diminui sua dependência para com doadores e governos, incluindo de bancos governamentais de desenvolvimento.

6. O Microcrédito não é a resposta para tudo. O Microcrédito não é o melhor instrumento para todos em todas as circunstâncias. Pessoas com fome e destituídas, sem rendimentos ou outros meios de desembolso necessitam de outras formas de assistência antes de poderem fazer bom uso de empréstimos. Em muitos casos, outros instrumentos podem ser mais eficazes no alívio da pobreza – como por exemplo, pequenos subsídios, programas de treinamento e emprego, ou a melhoria de infra-estrutura. Quando possível, estes serviços devem ser acompanhados de iniciativas que fomentem a poupança.

7. O estabelecimento de “Tetos” às taxas de juro afectam negativamente os pobres, tornando o acesso destes ao crédito mais difícil. É muito mais dispendioso fazer varios empréstimos pequenos que apenas alguns empréstimos grandes. A não ser que os fornecedores de microfinanças possam cobrar taxas de juro bem acima das taxas de juro normalmente praticadas pelos bancos, eles não poderão cobrir os custos. Assim, o seu crescimento será limitado pela incipiente e incerta oferta de financiamento concessional de governos e doadores. Quando os governos regulam as taxas de juro, normalmente estas são estabelecidas em níveis tão baixos que não permitem ao microcrédito cobrir os custos. Deste modo, mais regulações deveriam ser evitadas. De outro modo, um fornecedor de microfinanças não deveria estabelecer as suas taxas de juro em níveis que fazem os seus clientes pagar pela sua ineficiencia.

8. O papel do governo é o de permitir a transacção de servicos financeiros, e não o de os fornecer directamente. Os governos devem estabelecer políticas que estimulem a oferta de serviços financeiros aos pobres, ao mesmo tempo protejendo os depósitos do público. Os governos necessitam manter a estabilidade macroeconómica, evitar limites às taxas de juro, e abster-se de distorcer mercados com insustentáveis programas de empréstimos subsidiados e com alta inadimplência. Os governos devem também lutar contra a corrupção e melhorar o clima para os pequenos negocios, incluindo o acesso a mercados e no melhoramento da infra-estrutura. Em casos especiais,onde fundos não estejam disponíveis, o financiamento governamental pode ser concedido a instituições de microfinanças sólidas e independentes.

9. O maior gargalo na indústria microfinanças é a ausência de instituições e executivos fortes. As microfinanças são um campo muito especializado que combina serviços bancários com objectivos sociais. Competências e sistemas de gestão terão de ser criados em todos os níveis: entre os executivos, sistemas de informação, bancos centrais que regulam as microfinanças, entre outras agências governamentais e doadores. Investimentos privados e públicos em microfinança devem concentrar-se emaumentar estas capacidades e não só em mobilizar e movimentar capital.

10. As microfinanças funcionam melhor quando têm o seu desempenho medido e publicado. É imperativo criar um sistema padronizado e exacto de informação para medir o desempenho, não só em termos de informação financeira (por exemplo taxas de juro, reembolso de emprestimoss, e recuperação de custos) mas também de informação social (número de clientes atendidos e seus correspondente níveis de rendimento/pobreza). Doadores,investidores, supervisors bancários, e clientes necessitam desta informação para avaliar o seus custos, risco e retorno.

Para mais informacão consulte o site do CGAP aqui
Pour plus d'information consulter le site du CGAP ici

Sunday, March 11, 2007

Is microfinance the right tool to unlock the potential of the poor in Africa?



This paper presents the trends in African Microfinance movement and the future course of action. The paper recommends:

  • Classifying MFIs by objectives to understand the trends.
  • Offering more diversified services and addressing diverse segments.
  • Realigning the roles of major actors to achieve the task of moving from a focus on “outreach” to “sustainability”.

Based on the new orientations aiming at enhancing access to the financial services, the author streamlines interventions at three levels - macro, meso and micro, and recommends the following interventions at various levels:

Macro level:

  • Development of regulatory and supervision framework,
  • Credit policies for more conducive environment and lesser government involvement,
  • Integration of microfinance into mainstream financial market,
  • Land reforms and property rights,
  • Markets liberalization and sector’s analysis.

Meso level:

  • Partnership between banks and MFIs,
  • Capacity building and institutional strengthening,
  • Guarantee schemes,
  • Credit bureaux,
  • Capacity building and institutional strengthening.

Micro level:

  • Management best practice for increasing productivity,
  • Information technology,
  • Guarantee schemes to back up micro borrowing,
  • Strategic management, business planning and capital restructuring,
  • Product innovations,
  • Reporting and auditing for transparency.

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Saturday, March 10, 2007

Citation


VISION:


"La dure réalité reste que la plupart des populations les plus pauvres n’ont pas
encore accès à des services financiers pérennes et viables, qu’il s’agisse d’épargne, de crédit ou d’assurances.
L’enjeu essentiel sera donc pour nous d’éliminer les contraintes qui excluent les plus démunis d’une pleine participation au secteur financier …
Ensemble, nous pouvons et nous devons mettre en place des secteurs financiers inclusifs qui aident les gens à améliorer leurs conditions de vie. »



—Kofi Annan, Secrétaire général de l’ONU, 2003

Tuesday, March 06, 2007

Citigroup will make microcredit payment


Citigroup, the world's biggest financial services group by market value, is making the latest installment in its more than $13 million program to grant money to Asia's poor.
The New York-based bank said it will give $570,000 to the Foundation for Development Cooperation and the Banking With the Poor Network to expand microcredit services in 10 countries, including India, Indonesia, the Philippines, Sri Lanka and Vietnam.

Microfinance is increasingly on the agendas of financial-services companies, partly driven by a need to burnish philanthropic credentials. Banks such as Citigroup are also offering assistance to develop more sophisticated products, such as insurance, remittance or corporate finance services.

The approach "is to encourage microfinance institutions, the majority of which are really quite small, to seek partnerships to deliver better services and information," said Craig Wilson, executive director of the Brisbane, Australia-based Foundation for Development Cooperation.
Bankers are also coming alive to the idea that lending to the poor can turn a profit. While administrative expenses may account for 19 percent of microcredit portfolios in Asia, lenders get an average return of 32 percent a year, according to the World Bank. In India, Kenya and the Philippines, the average annual return on investments by microbusinesses ranges from 117 percent to 847 percent, the World Bank estimates.

Last year, Citigroup helped securitize receivables from microcredit projects in a six-year, $180 million-equivalent offering. The bank picked up awards from The Asset, CFO Asia and IFR Asia in the process. Investment banks use such recognition from trade publications to attract future business.

"Our collective efforts will increase access to basic financial services, such as credit savings, insurance and remittances, which can help lift entire communities out of poverty," said Robert Morse, Citigroup's Asia chief executive officer for corporate and investment banking.
Partnerships between microfinance organizations and the banks could develop that, for example, allow banks to extend their credit card range, Wilson said. Over time, microfinance providers' clients are likely to include small and medium-sized businesses, he said.

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