Wednesday, March 28, 2007
«Le microcrédit n'est pas un levier fort du développement»
Professeur d'économie à l'Institut d'études du développement de Genève, fondateur du programme de recherche sur la microfinance à l'Institut français de Pondichéry (Inde), Jean-Michel Servet est aussi l'auteur de Banquier aux pieds nus (1). Entretien.
Comment expliquez-vous le formidable essor du microcrédit ?
C'est un vrai outil qui permet d'attirer l'attention sur les exclus des services financiers dans un monde qui se financiarise, mais il faut comprendre ses limites. En France, le coût de distribution d'un euro de crédit coûte jusqu'à un euro. Difficile à tenir sans subvention publique sauf en consentant des taux d'intérêts prohibitifs. Le niveau de remboursement (87 %) masque aussi des rééchelonnements fréquents des prêts.
Mais le potentiel est réel ?
On évalue 60 000 créations d'entreprises microfinancées par an en France. C'est un coup de pouce pour la réinsertion, un moyen de répondre à un besoin d'entreprendre une activité. Mais il est à comparer aux 6 millions de chômeurs et aux travailleurs pauvres. A l'instar de ce qui se passe en Chine ou en Inde, le vrai moteur de la croissance, c'est l'emploi salarié, pas l'entrepreneur pauvre. Ce type de développement par le bas porte y compris en Europe des risques en matière de respect des normes de sécurité ou d'environnement.
Le microcrédit touche 100 millions de personnes dans le monde...
L'outil est intéressant dans les sociétés postcrises, en Argentine, en Europe orientale ou postconflits, comme en Bosnie. Il sert à améliorer le budget des familles ou à stabiliser des activités professionnelles, pas forcément à des investissements productifs. Or, porté par les institutions internationales et des ONG qui se transforment en banque, le microcrédit vire à la mode, au credo. Il n'est qu'une partie de la microfinance, qui peut concerner l'épargne, les transferts financiers pour migrants, la microassurance, etc. Il ne remplace en rien les infrastructures, les besoins en santé, en éducation, en eau. Si c'est parfois un filet de sécurité pour les moins pauvres d'entre les pauvres, ce n'est pas un levier fort pour le développement. Il ne représente d'ailleurs qu'entre 1 à 2 % de l'aide au développement.
A-t-il quand même un impact réel ?
Cela reste à voir. Prenons le Bangladesh, le pays de Mohammad Yunus, Prix Nobel de la paix 2006, avec sa Grameen Bank. C'est le marché au monde le plus saturé de petits prêts. A elles seules, les vingt plus grandes institutions de microcrédits touchent 21 millions de familles, soit 105 millions d'habitants, sur un total de 147 millions. Comment expliquer que 36 % de la population vivait, en 2004, encore sous le seuil d'extrême pauvreté, avec moins d'un dollar par jour, comme en 1990 ? Par ailleurs, le pays a reçu dix fois plus d'aide au développement par tête d'habitant que l'Inde.
Et l'Inde, justement ?
Selon les études de l'Institut français de Pondichéry, le microcrédit ne change rien dans 70 % des cas, profite à 15 %, surendette dans 15 % et a même entraîné des vagues de suicides chez les paysans. La microfinance est un peu le même mythe que les transferts des migrants dont on vante l'apport aujourd'hui ; or, la moitié des migrants en France qui veulent créer une entreprise veulent le faire en France et 80 % rapatrient de l'argent dans leur pays pour la famille ou l'immobilier, mais bien peu dans des activités productives, notamment dans le secteur rural...
Comment faire pour aider 80 % des gens exclus du système bancaire dans les pays les plus démunis ?
Contrairement à ce qu'on pense, en Afrique par exemple, 50 pays sur 54 connaissent une situation de surliquidité bancaire, selon une étude du Fonds monétaire international. Il manque simplement de fonds de garanties pour inciter les banques à prêter de l'argent. L'aide publique au développement pourrait jouer ce rôle-là, mais elle ne le fait pratiquement pas, car ce genre d'appui n'est pas comptabilisé dans l'aide ! Résultat, les coopérations des pays riches préfèrent faire de la communication en finançant des ONG.
Les banques traditionnelles surfent aussi sur le microcrédit ?
«L'éthique» , la «responsabilité sociale» ou le «développement durable» sont des thèmes porteurs au moment où les banques engrangent des bénéfices records. Il ne faut ni diaboliser le microcrédit ni fantasmer sur les potentialités de cet instrument financier.»
(1) Editions Odile Jacob, 2006.
Le lien vers l'article ici
Sunday, March 18, 2007
Os 10 Princípios chave das Microfinancas
1. Os Pobres não necessitam apenas de emprestimos, mas de uma variedade de serviços financeiros.Como quaisquer pessoas, os pobres necessitam de serviços financeiros que sejam convenientes,flexíveis, e acessíveis. Dependendo das circunstâncias, os pobres não desejam apenas empréstimos, mas também poupança, seguros e acesso a transferências de valores.
2. As Microfinanças são um instrumento poderoso na luta contra a pobreza. Quando os pobres têmacesso a serviços financeiros, os seus rendimentos aumentam, aumentam os seus activos, assim comosua proteção ante a choques externos. Famílias pobres usam as microfinanças para mover-se além da subsistência diária, fazendo provisoes para o futuro: investem em melhor nutrição, em habitação, saúde, e educação.
3. As Microfinanças significam a construção de sistemas financeiros que sirvam aos pobres. Na
maioria dos países em desenvolvimento, a maior parte da população é pobre, entretanto, esta maioria é a menos provável de se beneficiar de serviços bancários. As Microfinanças são frequentemente vistas como um sector marginal – uma actividade de desenvolvimento que diz respeito a doadores, governos, ou investidores com consciência social, mas não como parte integral do sistema financeiro de um país. As microfinanças, entretanto, só atingirão o máximo número de pobres quando forem integradas ao sistema financeiro.
4. As microfinanças podem e devem ser auto-suficientes para atingir um grande número de pessoas pobres. A maioria dos pobres não tem acesso a bons serviços financeiros que atendam suas necessidades porque nao existem instituições fortes o suficiente que forneçam esses serviços. Instituições fortes têm de cobrar o suficiente para cobrir seus custos. A recuperação dos custos não é um fim em si mesma, mas antes a única forma de atingir a escala e o impacto para além do que os doadores podem financiar. Uma institutição auto-suficiente em termos financeiros pode continuar e expandir a sua oferta de serviços no longo prazo. Atingir esta forma de sustentabilidade significa diminuir custos de transação, oferecendo serviços mais úteis aos clientes, e encontrando novas formas de alcançar os pobres desprovidos de acesso ao sistema bancario.
5. As Microfinanças tratam da construção de institutições financeiras locais de caráter permanente. O financiamento dos pobres requer institutições financeiras sólidas que forneçam serviços financeiros numa base permanente. Estas institutições precisam mobilizar poupança doméstica, reciclando-as em empréstimos e no fornecimento de outros serviços. À medida que as instituições e os mercados de capitais amadurecerem, diminui sua dependência para com doadores e governos, incluindo de bancos governamentais de desenvolvimento.
6. O Microcrédito não é a resposta para tudo. O Microcrédito não é o melhor instrumento para todos em todas as circunstâncias. Pessoas com fome e destituídas, sem rendimentos ou outros meios de desembolso necessitam de outras formas de assistência antes de poderem fazer bom uso de empréstimos. Em muitos casos, outros instrumentos podem ser mais eficazes no alívio da pobreza – como por exemplo, pequenos subsídios, programas de treinamento e emprego, ou a melhoria de infra-estrutura. Quando possível, estes serviços devem ser acompanhados de iniciativas que fomentem a poupança.
7. O estabelecimento de “Tetos” às taxas de juro afectam negativamente os pobres, tornando o acesso destes ao crédito mais difícil. É muito mais dispendioso fazer varios empréstimos pequenos que apenas alguns empréstimos grandes. A não ser que os fornecedores de microfinanças possam cobrar taxas de juro bem acima das taxas de juro normalmente praticadas pelos bancos, eles não poderão cobrir os custos. Assim, o seu crescimento será limitado pela incipiente e incerta oferta de financiamento concessional de governos e doadores. Quando os governos regulam as taxas de juro, normalmente estas são estabelecidas em níveis tão baixos que não permitem ao microcrédito cobrir os custos. Deste modo, mais regulações deveriam ser evitadas. De outro modo, um fornecedor de microfinanças não deveria estabelecer as suas taxas de juro em níveis que fazem os seus clientes pagar pela sua ineficiencia.8. O papel do governo é o de permitir a transacção de servicos financeiros, e não o de os fornecer directamente. Os governos devem estabelecer políticas que estimulem a oferta de serviços financeiros aos pobres, ao mesmo tempo protejendo os depósitos do público. Os governos necessitam manter a estabilidade macroeconómica, evitar limites às taxas de juro, e abster-se de distorcer mercados com insustentáveis programas de empréstimos subsidiados e com alta inadimplência. Os governos devem também lutar contra a corrupção e melhorar o clima para os pequenos negocios, incluindo o acesso a mercados e no melhoramento da infra-estrutura. Em casos especiais,onde fundos não estejam disponíveis, o financiamento governamental pode ser concedido a instituições de microfinanças sólidas e independentes.
9. O maior gargalo na indústria microfinanças é a ausência de instituições e executivos fortes. As microfinanças são um campo muito especializado que combina serviços bancários com objectivos sociais. Competências e sistemas de gestão terão de ser criados em todos os níveis: entre os executivos, sistemas de informação, bancos centrais que regulam as microfinanças, entre outras agências governamentais e doadores. Investimentos privados e públicos em microfinança devem concentrar-se emaumentar estas capacidades e não só em mobilizar e movimentar capital.
10. As microfinanças funcionam melhor quando têm o seu desempenho medido e publicado. É imperativo criar um sistema padronizado e exacto de informação para medir o desempenho, não só em termos de informação financeira (por exemplo taxas de juro, reembolso de emprestimoss, e recuperação de custos) mas também de informação social (número de clientes atendidos e seus correspondente níveis de rendimento/pobreza). Doadores,investidores, supervisors bancários, e clientes necessitam desta informação para avaliar o seus custos, risco e retorno.
Para mais informacão consulte o site do CGAP aqui
Pour plus d'information consulter le site du CGAP ici
Thursday, March 15, 2007
Sunday, March 11, 2007
Is microfinance the right tool to unlock the potential of the poor in Africa?
This paper presents the trends in African Microfinance movement and the future course of action. The paper recommends:
- Classifying MFIs by objectives to understand the trends.
- Offering more diversified services and addressing diverse segments.
- Realigning the roles of major actors to achieve the task of moving from a focus on “outreach” to “sustainability”.
Based on the new orientations aiming at enhancing access to the financial services, the author streamlines interventions at three levels - macro, meso and micro, and recommends the following interventions at various levels:
Macro level:
- Development of regulatory and supervision framework,
- Credit policies for more conducive environment and lesser government involvement,
- Integration of microfinance into mainstream financial market,
- Land reforms and property rights,
- Markets liberalization and sector’s analysis.
Meso level:
- Partnership between banks and MFIs,
- Capacity building and institutional strengthening,
- Guarantee schemes,
- Credit bureaux,
- Capacity building and institutional strengthening.
Micro level:
- Management best practice for increasing productivity,
- Information technology,
- Guarantee schemes to back up micro borrowing,
- Strategic management, business planning and capital restructuring,
- Product innovations,
- Reporting and auditing for transparency.
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Saturday, March 10, 2007
Citation

"La dure réalité reste que la plupart des populations les plus pauvres n’ont pas
encore accès à des services financiers pérennes et viables, qu’il s’agisse d’épargne, de crédit ou d’assurances.
—Kofi Annan, Secrétaire général de l’ONU, 2003
Tuesday, March 06, 2007
Citigroup will make microcredit payment
Citigroup, the world's biggest financial services group by market value, is making the latest installment in its more than $13 million program to grant money to Asia's poor.
The New York-based bank said it will give $570,000 to the Foundation for Development Cooperation and the Banking With the Poor Network to expand microcredit services in 10 countries, including India, Indonesia, the Philippines, Sri Lanka and Vietnam.
Microfinance is increasingly on the agendas of financial-services companies, partly driven by a need to burnish philanthropic credentials. Banks such as Citigroup are also offering assistance to develop more sophisticated products, such as insurance, remittance or corporate finance services.
The approach "is to encourage microfinance institutions, the majority of which are really quite small, to seek partnerships to deliver better services and information," said Craig Wilson, executive director of the Brisbane, Australia-based Foundation for Development Cooperation.
Bankers are also coming alive to the idea that lending to the poor can turn a profit. While administrative expenses may account for 19 percent of microcredit portfolios in Asia, lenders get an average return of 32 percent a year, according to the World Bank. In India, Kenya and the Philippines, the average annual return on investments by microbusinesses ranges from 117 percent to 847 percent, the World Bank estimates.
Last year, Citigroup helped securitize receivables from microcredit projects in a six-year, $180 million-equivalent offering. The bank picked up awards from The Asset, CFO Asia and IFR Asia in the process. Investment banks use such recognition from trade publications to attract future business.
"Our collective efforts will increase access to basic financial services, such as credit savings, insurance and remittances, which can help lift entire communities out of poverty," said Robert Morse, Citigroup's Asia chief executive officer for corporate and investment banking.
Partnerships between microfinance organizations and the banks could develop that, for example, allow banks to extend their credit card range, Wilson said. Over time, microfinance providers' clients are likely to include small and medium-sized businesses, he said.
The entire article here
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Monday, February 26, 2007
Assurance, micro-assurance et développement
Alors que le prix Nobel de la paix 2006, décerné à Muhammad Yunus (le créateur de la Grameen Bank au Bangladesh), vient saluer trente ans de développement du microcrédit, force est de constater que l'assurance fut longtemps le parent pauvre de l'économie du développement. Cet oubli du rôle de l'assurance dans le développement économique et social d'une société est d'autant plus surprenant que la vulnérabilité face aux aléas de la vie perpétue la pauvreté.
Ainsi, au Cambodge, la pauvreté de plus de la moitié des plus démunis serait due à une maladie ou à un accident invalidant, tandis que, en Inde, entre le tiers et la moitié des malades ayant dû être hospitalisés sombreraient dans la pauvreté à cause d'une protection inadéquate contre les risques de santé.
La liste des risques susceptibles de plonger les individus dans la misère en raison d'un sinistre non couvert est en réalité bien longue, et il suffit aux assurés que nous sommes de se projeter un temps dans un monde sans assurance privée ou sans protection sociale pour en dresser l'inventaire.
« La vie des pauvres est un long risque », confiait le client d'une institution de microfinance (IMF) aux Philippines. Mesurant la précarité de leur situation, les populations n'ont pourtant de cesse de gérer ces risques à travers des systèmes informels (dons et contre-dons, tontines, fonds funéraires, diversification des actifs et des réseaux de sociabilité, etc.) susceptibles d'atténuer les chocs. (...)
Reste que, pour diverses raisons, allant de l'érosion des sociétés traditionnelles jusqu'aux limites inhérentes à un périmètre de mutualisation réduit, ces assurances informelles, aussi justifiées soient-elles, ont des limites évidentes, conduisant les populations à adopter de nouvelles formes de gestion du risque, dans un contexte de retrait ou de délégation de l'Etat.
De leur côté, les industriels de l'assurance, tout en capitalisant sur les évolutions de la microfinance et de ses nouveaux services (épargne, transferts de fonds...), accompagnent de fait l'émergence de nouveaux réseaux socio-économiques et sécurisent le quotidien de millions d'individus conscients de leurs fragilités, et prêts à s'assurer dès lors que des services de qualité deviennent accessibles financièrement, géographiquement... et culturellement.
Les révolutions de l'assurance venant souvent des réseaux de distribution, ces assureurs multiplient alors des partenariats avec des IMF, des organisations locales, des fonds funéraires informels, des « self help groups » (groupes d'entraide et de soutien), des associations de femmes, des syndicats, des organisations professionnelles, des coopératives et mutuelles, des agences de développement, des chaînes de distribution alimentaires, déjà impliquées dans le secteur des populations à faible revenu.
(...)
Nous pourrions conclure sur d'autres noms d'assureurs, de réassureurs, de courtiers, nationaux et internationaux, évoquer la probable entrée d'AXA dans la micro-assurance au Maroc ou bien celle, déjà effective, d'Entrepreneurs de la Cité et de son pool d'assureurs (April, CNP, la Mondiale, AG2R, Axeria iard), souligner qu'un inventaire mondial révélerait la forte prédominance des garanties emprunteurs, accidents-invalidité, obsèques, sans exclure pour autant le développement de produits dommages ou santé.
Reste qu'il nous semble essentiel de terminer plutôt sur le versant politique, pour réaffirmer que toute construction sociale et économique peut exploser face aux risques, dès lors que l'Etat et le marché refusent tous deux d'assumer la question de l'assurabilité des populations. L'ampleur de la tâche est telle que les synergies sont naturellement préférables aux affrontements. Alors que l'Inde privilégie l'obligation juridique faite aux assureurs privés de développer de la micro-assurance, la Roumanie et le Brésil optent pour une défiscalisation et l'adoption de décrets favorables aux acteurs de la micro-assurance. Si les voies sont nombreuses, toutes nous renvoient pourtant à une évidence : la lutte contre la pauvreté et la vulnérabilité restera bien dérisoire tant que l'Etat de droit restera une chimère.
Lien vers l'article dans son intégralité ici
Saturday, February 17, 2007
Wednesday, February 14, 2007
La réponse de Nicolas Dupont- Aignan à notre questionnaire

Questionnaire:
-La microfinance fait t'elle partie de votre programme ?
-Quels programmes et initiatives seront financés ?
-Le coût de ces programmes a-t'il été chiffré ?
-Quels sont les retours attendus, en termes d'efficacité?
-Quels produits seront privilégiés (microcrédit, micro assurance...) et pour quelles raisons ?
-Quelles populations seront visées par ces programmes ?
La réponse de Nicolas Dupont-Aignan:
L’expérience du microcrédit pour favoriser le développement ou la réinsertion de populations en grande difficulté économique et sociale, démontre chaque jour davantage son efficacité. C’est une activité prometteuse qui en est encore à ses débuts, en particulier dans nos contrées. Avant d’envisager une action publique d’envergure sur ce terrain (financements publics, création d’outils institutionnels, sensibilisation massive des Français,…), il convient au préalable d’établir le plus précisément possible un premier bilan sur les tenants et aboutissants du microcrédit : réussites, limites, modes opératoires à privilégier, écueils à éviter, etc.
Parallèlement, la France devrait étudier soigneusement la possibilité de redéployer son aide au développement vers les pays pauvres, notamment en Afrique, en faisant une place beaucoup plus importante à ce type d’action, comme à l’aide en nature. Là encore, une évaluation précise, avec les ONG concernées et les services spécialisés des Nations Unies sera un préalable incontournable.
Nicolas DUPONT-AIGNAN
Candidat à la présidence de la République
Sunday, February 11, 2007
Avec l’appui de Bill Gates, le CGAP développe un programme pour lier les technologies et la microfinance

Washington, DC, 29 Janvier, 2007 CGAP, un pôle de ressource pour la microfinance dont les membres représentent l’essentiel de l’aide au secteur, a exposé aujourd’hui son programme pour améliorer de façon drastique ses recherches sur les solutions technologiques pouvant contribuer à apporter des services financiers fondamentaux–de l’épargne au crédit en passant par les transferts d’argent- aux milliers de personnes défavorisées de par le monde. Le montant de cette initiative s’élève à 26 millions de dollars dont 24 proviennent d’un don de la Fondation Bill et Melinda Gates La majeure partie du servira à financer des expériences pilotes visant à étendre les services financiers basés sur les nouvelles technologies.
"Grâce au wireless ou à d’autres technologies, nous pouvons connecter les personnes pauvres au système financier de leurs pays, et, partant, permettre à ces pays de franchir plusieurs paliers dans le développement de leur système financier," a mentionné Elizabeth Littlefield Directrice du CGAP. "Imaginez un village d’une région rurale enclavée, à plusieurs jours de la banque la plus proche, accédant aux mêmes services financiers que vous et moi. Telle est la vision que nous partageons avec Bill et Melinda Gates, et nous sommes extrêmement reconnaissant de leur appui."
(...)"En appuyant des programmes pilotes ayant recours aux nouvelles technologies qui ont la faculté de radicalement changer le modèle économique dans l’offre de certains services financiers, nous pouvons étendre l’accès aux services financiers à des centaines de millions de pauvres. Notre espoir est que notre partenariat avec le CGAP débouchera sur la mise en oeuvre de nouveaux modèles de services financiers dont tout un chacun pourra s’inspirer et déployer."
Selon Gautam Ivatury Expert en technologie du CGAP, ces solutions “vont aider à démontrer la viabilité commerciale des modèles auprès des banques et d’autres opérateurs et les inciter à entrer dans le marché de la microfinance tout en permettant à nombreux pauvres du monde entier - particulièrement ceux des zones rurales - d’accéder à des services financiers ayant un fort impact.”
Le modèle économique adapté aux segments de marché des personnes à faible revenu s’est révélé probant depuis longtemps pour de nombreux opérateurs du secteur des télécommunications qui a vu le nombre de détenteurs de téléphones mobiles doublé - pour atteindre 2 milliards - en seulement deux ans. 80% de cette augmentation est le fait des pays en développement selon la GSM Association basée à Londres et partenaire du CGAP représentant près de 700 opérateurs de télécommunication.
Ivatury a souligné que "les téléphones cellulaires sont devenus la première technologie de communication à regrouper plus d’utilisateurs au Sud que dans les pays riches," un fait qui amène de plus en plus de responsables du secteur bancaire à se demander « pourquoi ne pourrions-nous pas bancariser les pauvres qui ont déjà leurs téléphones dans leurs poches ». Avec plusieurs milliers de prestataires dans le monde, le secteur de la microfinance s’est considérablement développé mais le taux de pénétration reste encore faible, tout particulièrement auprès des plus pauvres. Les principales barrières à une meilleure couverture proviennent de certaines faiblesses des institutions, d’une aide inefficace et de politiques et réglementations inappropriées. Pour identifier de nouvelles approches, le CGAP va tisser des partenariats avec une grande variété d’acteurs – des réseaux d’opérateurs de télécommunications aux banques en passant par les prestataires de solutions technologiques. Le programme va aussi faire un appel à proposition auprès des organisations intéressées pour expérimenter de nouveaux modèles pour toucher les pauvres et apportera une assistance technique et des cofinancements pour compenser les risques et capitaliser les meilleures expériences. Le CGAP va également concevoir un cadre de compréhension de la réglementation du secteur financier qui puisse stimuler la mise en oeuvre d’approches nouvelles tout en sécurisant les consommateurs et les prestataires de services financiers.
Le Groupe consultatif d’assistance aux pauvres (CGAP) est un pôle de référence pour le secteur de la microfinance visant à produire des standards, à proposer des services d’appui technique et de conseil ainsi que des formations et de l’information sur les meilleures pratiques en sus d’apporter des cofinancements aux projets innovants.
Thursday, February 01, 2007
Questionnaire: La réponse de Corrine Lepage

-L'utilisation de la microfinance fait-t-elle partie de votre programme ?
La micro-finance a fait ses preuves dans les pays émergents, en particulier pour l ‘émancipation des femmes. Ce système reste néanmoins handicapé par ses coûts de fonctionnement qui génèrent des taux élevés. Sur ce point je pense que les institutions financières internationale (FMI, OMC…) ont un rôle à jouer en assurant une partie des coûts de fonctionnement et la prise en charge des risques (Minimes puisque le taux de recouvrement est de 95%).
Dans les pays développés, le système de micro-financement est une formidable opportunité pour redynamiser le tissu économique local. Là encore, l’Etat via des institutions comme les ASSEDIC ou la Caisse des Dépôts et Consignations doit assumer sa fonction en accompagnant des projets à forte valeurs ajoutées en termes environnementaux et sociaux.
-Quels programmes et initiatives seront financés ?
Nous allons devoir impérativement changer de société en passant à une économie plus dématérialisée. Demain nous aurons besoin de conseillers en autonomie énergétique, de gestionnaire de plan carbone, de service de mutualisation des services (Co-voiturage, offre multimodale de déplacement) mais aussi une part non négligeable d’aide à la personne et créateurs de liens intergénérationnels. Ce sont autant de petits projets qui donneront un grand dynamisme local.
-Le coût de ces programmes a-t-il été chiffré ?
Le coût d’un tel programme peut-être estimé à 50 millions d’Euros pour le lancement d’une activité de micro-finance répartie sur l’ensemble du territoire national. Il me semble opportun d’utiliser les structures déjà en place et d’inscrire ce projet dans une forme collaborative avec des institutions existantes. Je vise plus une logique d’optimisation que de création. L’idée n’est évidemment pas de créer un « machin » qui apparaîtrait ex nihilo. Pour cela nous aurons besoin de partenaires déjà présents dans ce domaine comme la NEF, les banques coopératives, les mutuelles ayant la volonté de valoriser leurs engagements mais aussi des institutions relais comme La Poste ou la CDC. Je pense que le microcrédit est à même de générer des activités économiques viables et pérennes. Il ne nécessite pas un investissement financier important mais plus une volonté politique forte.
-Quels produits seront privilégiés (microcrédit, micro assurance...) et pour quelles raisons ?
Le microcrédit intègre une dimension éminemment sociale. Il est pour les plus vulnérable, exclu des circuits de financement classique, la seule opportunité de construire une vie, bâtir un projet. Ce critère social sera déterminant. C’est pourquoi il s’adressera en premier lieu aux femmes qui auront ainsi accès à la possibilité de développer une activité compatible avec leurs charges (Je pense tout particulièrement aux mamans seules). Il doit être aussi un outil d’émancipation pour toutes celles qui vivent aujourd’hui sous tutelle masculine.
Il peut servir aussi au développement d’activité locale pour des chômeurs mais nécessite pour cela un plan d’accompagnement par des professionnel (Chef d’entreprise à la retraite, artisan, professionnel du secteur…)
-Quels sont les retours attendus, en termes d'efficacité?
La première efficacité recherchée est d’amener des milliers de personnes qui ont la volonté de changer leur vie de pouvoir y arriver. Je vois dans le micro-crédit une machine de guerre contre la fatalité et les préjugés.
-Quelles populations seront visées par ces programmes ?
Je souhaite en faire un outil de lutte contre la paupérisation des femmes qui sont contraintes d’accepter des emplois à horaire décalé, en temps partiel pour pouvoir assumer l’éducation de leurs enfants. Je veux leur donner la possibilité d’une réelle émancipation et d’un épanouissement assuré par leur seul travail. Nous devrons aussi réfléchir aux moyens d’accorder des débouchés prioritaires aux services et produits issus de ces activités sur les marchés locaux. Nous serons dans une logique gagnant gagnant. La plus value sociale et la plus value environnementale que nous pouvons attendre du développement économique local par le microcrédit doivent être intégrées dans les comptes nationaux et reportées pour partie sur ces nouveaux entrepreneurs.
Présidence et microfinance:

Wednesday, January 24, 2007
La microfinance peut-elle répondre aux besoins de protection sociale des plus pauvres ?

Democritus touted the goal of good health in the fifth century B.C., when he said that "without health, nothing is of any use, not money nor anything else" ("On Diet:). Descartes wrote in 1637 ("Discours de la Methode") that "the preservation of health is ... without doubt the first good and the foundation of all the other goods of this life."
Friday, January 19, 2007
Microcrédit : comment faire baisser des taux d'intérêt trop élevés
Article du Monde.
Comment la microfinance peut-elle prétendre servir le progrès économique et social, alors que ses taux d'intérêt sont souvent compris, dans les pays en développement, entre 30 % et 70 % par an ?
Si depuis le prix Nobel accordé en octobre 2006 à Muhammad Yunus, le "banquier des pauvres", on a beaucoup parlé du microcrédit, cette question n'a guère été évoquée. Pourtant le niveau des taux mérite d'être expliqué, afin de comprendre à quelles conditions il pourrait baisser.
De fait, malgré des taux d'intérêt élevés la demande de microcrédit est massive, avec plus de cent millions de clients dans le monde. Dans les pays en développement, plus de 80 % de la population n'a pas accès aux banques. Pourtant, emprunter est souvent une nécessité : pour faire face à un imprévu, gérer son budget, profiter d'une opportunité économique... En comparaison des taux des usuriers (200 à 1 000 % par an), les taux des institutions de microfinance (IMF) sont attractifs. Bien utilisés par des micro-entrepreneurs aux activités souvent rentables (commerce de proximité, services, artisanat), ils permettent de dégager un bénéfice supérieur aux intérêts payés. Un taux de 30 % par an pour un prêt de 500 euros sur six mois, ce n'est jamais que 1,50 euro d'intérêt par semaine. Pour un petit commerçant ce n'est pas cher payé si le prêt lui ouvre une opportunité. Son souci premier n'est pas le taux, mais la rapidité d'accès au crédit.
DES TAUX NÉCESSAIRES POUR COUVRIR LES CHARGES
Du côté de l'offre, les taux élevés des IMF sont nécessaires pour couvrir leurs charges : d'une part le coût du capital prêté, car elles l'empruntent elles-mêmes, en partie, à des taux qui varient de 8 % à 20 % ; d'autre part, leurs coûts de fonctionnement qui représentent généralement de 20 % à 50 % des sommes prêtées. L'octroi de crédits génère, en effet, des charges fixes (rencontrer le client, suivre le remboursement...) et plus les crédits sont petits, plus ces coûts sont proportionnellement élevés. Les IMF les ont réduits à leur niveau actuel en adoptant des méthodes novatrices (prêts à des groupes d'emprunteurs solidaires, proximité avec les clients...) qui assurent en outre d'excellents taux de remboursement - souvent supérieurs à 95 %. En grandissant, les IMF réalisent de surcroît des économies d'échelle : les clients fidèles accédant à des prêts plus importants, le volume des crédits, et donc les revenus d'intérêts, croissent plus vite que les charges. Ainsi, même si la grande majorité des IMF sont aujourd'hui déficitaires, certaines dégagent déjà des bénéfices.
Vont-elles pour autant baisser leurs taux (en réponse à leur finalité sociale) ou les maintenir (dans un objectif de rentabilité) ? Face à cette dualité d'objectifs, chaque IMF doit trouver son propre équilibre. On observe généralement que même les IMF les plus sociales, qui ne visent que la rentabilité nécessaire à leur pérennité, ne baissent pas leurs taux. Elles profitent des gains de productivité pour mieux servir leur mission - par exemple, toucher des clients plus pauvres. En réalité, le véritable moteur de la baisse des taux, c'est la concurrence entre IMF. En Bolivie, ces taux ont été ainsi divisés par trois entre 1992 et 2003. Au Mexique, où la concurrence a été plus tardive, ils restent très élevés.
L'ACTION DES POUVOIRS PUBLICS
Dès lors, comment les pouvoirs publics peuvent-ils influer sur la baisse des taux ? Trois mesures s'avèrent contreproductives. La première est d'accuser les IMF de prospérer aux dépens de leurs clients - argument démagogique, parfois utilisé par des politiciens, comme au Bénin lors de la récente campagne présidentielle. La deuxième est de plafonner les taux par la loi ; pour maintenir leurs revenus, les IMF doivent alors octroyer des prêts plus coûteux, donc à des personnes moins pauvres. Le troisième, pour un acteur public en quête de popularité, est de distribuer lui-même des microcrédits. Ils sont alors perçus comme des cadeaux, mal remboursés, et l'activité tombe rapidement en faillite, décourageant au passage les acteurs privés. En Afrique de l'Ouest, la nouvelle Banque régionale de solidarité risque de connaître ce triste sort.
En revanche il existe au moins deux façons de favoriser la baisse des taux : imposer aux IMF une plus grande transparence, car la diversité des méthodes de calcul des intérêts et des commissions rend difficile la comparaison des offres par les clients ; subventionner la création d'IMF là où la concurrence est encore faible. En effet, elle tend à se concentrer sur le segment étroit des petits entrepreneurs urbains déjà installés. Les publics plus difficiles à servir sont délaissés, en zone rurale en particulier.
Enfin, du fait de son taux élevé et de sa faible durée (six mois en moyenne), le microcrédit, dans sa forme la plus courante, n'est pas adapté pour des dépenses "non productives" - habitat, dépenses de santé, scolarité. De plus en plus d'IMF proposent de nouveaux produits - épargne flexible, crédits plus longs, micro-assurance - mieux adaptés à ces dépenses. Même si ces besoins d'ordre social appellent des réponses bien plus larges, le développement de ces produits peut jouer un rôle essentiel et doit être encouragé, notamment par des fonds publics.
Sébastien Boyé et Jérémy Hajdenberg sont auteurs avec Christine Poursat du "Guide de la microfinance" (Editions d'Organisation, 2006)
Saturday, January 13, 2007
Nouvelles Avancées dans l’Accessibilité de l’Assurance aux Pauvres:

La Micro-assurance étant un important outil de gestion des risques pour les ménages à faibles revenus, elle a fortement contribué à la réduction de la pauvreté au niveau mondial. Plus de 150 experts issus de 30 pays, représentant 80 organisations internationales, ONG, organisations d’appui ainsi que l’industrie des assurances, ont assisté à la 2ème conférence annuelle sur la micro-assurance intitulée « Making Insurance Work for Africa », organisée par la Fondation Munich Re et le Groupe de Travail de CGAP sur la micro-assurance. Cette année, la conférence s’est tenue du 21 au 23 novembre 2006 à Cape Town avec le soutien de FinMark Trust (Afrique du Sud).
Les participants de 12 pays africains se sont réunis pour échanger leurs points de vues avec des experts en provenance d’Europe, des Etats-Unis, d’Inde, du Pakistan, des Philippines et d’ailleurs, afin de discuter également des défis à venir dans l’élargissement de l’assurance aux ménages à faibles revenus. La moitié des participants issus de compagnies d’assurance et de re-assurance – notamment Old Mutual, Santam, Hollard, AIG, Munich Re et Zurich Financial Services – témoignent ainsi d’un intérêt croissant pour les marchés émergeants en micro-assurance.
(..)
Faire fonctionner l’assurance en Afrique
Le sujet de cette conférence annuelle a été « Making Insurance work in Africa », où les gouvernements sont moins aptes à fournir une protection sociale effective. Selon les données de l’Organisation Internationale du Travail (OIT), seulement 20% de la population mondiale a accès à une protection sociale adaptée, telle que la santé et la pension, tandis que plus de la moitié de la population mondiale ne dispose d’aucune couverture. « Parce que dans plusieurs pays, notamment en Afrique, la protection sociale est inadaptée, » explique Graig Churchill de l’Organisation Internationale du Travail à Genève, « la micro-assurance peut combler ces lacunes ». Compte tenu des ressources limitées dans les pays d’Afrique, « une approche complémentaire est nécessaire afin d’exploiter les initiatives gouvernementales afin de favoriser et d’accroître l’implication du secteur privé. »
(...)
Il y a une demande de couverture par les personnes à faibles revenus ainsi qu’un marché si les produits sont adaptés et si leur distribution est effective. En Afrique du Sud, par exemple, il y a environ 100.000 sociétés funéraires communautaires qui collectent pour approximativement un milliard de dollars de primes. Ces sociétés permettent aux personnes à faibles revenus de couvrir les importants frais d’enterrements en mettant en commun leurs ressources. Le fait qu’autant de personnes aient recours à ces moyens informels de gestion de leurs risques suggère que le secteur formel des assurances ne s’investit pas suffisamment pour répondre à la gestion des dépenses inattendues.
Des Solutions Innovantes
Des schémas innovants – tel que le programme d’assurance santé proposé par Microcare en Ouganda ou bien encore les mutuelles de santé en Afrique de l’Ouest – démontrent la possibilité de dépasser les obstacles majeurs sur ce marché, à savoir les coûts élevés de distribution et l’absence de compréhension du marché sur ce qu’est la micro-assurance.
En Afrique du Sud, de gros détaillants tels que Shoprite, Edcon Groupe, les magasins PEP et Ellerines mettent à disposition un produit de micro-assurance en collaboration avec les compagnies d’assurances, ce qui est potentiellement prometteur. Dirk Reinhard conclua la conférence avec ces mots : « Il existe une nouvelle et puissante dynamique qui s’ouvre aux possibilités. La micro-assurance n’est plus micro – mais la clé pour sécuriser la protection sociale et lutter contre la pauvreté. »
(..)
Une Publication d’envergure
La conférence a permis le lancement d’une nouvelle publication, éditée par l’OIT « Protecting the Poor : A Microinsuarnce Compendium ». Cet ouvrage, détaillé, démontre qu’une image claire de ce qu’est la micro-assurance émerge petit à petit – avec ces défis ainsi que ces nouvelles solutions. Se considérant comme une ressource essentielle sur les bonnes et mauvaises pratiques, cet ouvrage de plus de 600 pages, se fonde sur l’étude de 40 modèles en micro-assurance émanant de plusieurs acteurs internationaux. Il s’agit d’ une publication critique et indispensable pour toute personne intéressée à ouvrir l’assurance aux marchés à faibles revenus.
Plus d’information:
· Conférence http://www.microinsuranceconference.org/
· Fondation Munich Re www.munichre-foundation.org
· FinMark Trust http://www.finmarktrust.org.za/
· Pour commander l'ouvrage “Protecting the Poor” http://www.ilo.org/ (publications)
Monday, January 08, 2007
Crédit philantropique sur le Net ou comment promouvoir l'entreprenariat- Article de Libération. Kiva

Grâce à Kiva.org, des prêteurs occidentaux peuvent, à partir de vingt-cinq dollars, aider des entrepreneurs des pays pauvres à acheter leur taxi..
Oris Jordanov pose devant son épicerie. La cinquantaine, un peu raide dans son blouson de jean. La vitrine est recouverte d'affiches en couleurs. A côté de la photo, quelques lignes résument sa situation. Il habite Vratza, petite ville de Bulgarie, a travaillé à l'usine pendant vingt-cinq ans. Licencié, il a monté un commerce. Il lui fallait 2 000 dollars supplémentaires pour acheter réfrigérateurs et climatiseur. Il vient de trouver des gens pour lui prêter cette somme. Des gens ? Par exemple : Kristin, retraitée d'Alaska, Dennis, photographe californien, Dinah, blogueuse et Tom, ingénieur anglais. Parmi bien d'autres, puisqu'ils sont 53 à avoir financé le projet de Boris Jordanov, en prêtant chacun au moins 25 dollars. L'épicier bulgare ne connaît personnellement aucun d'eux. Mais il les remboursera tous. Bienvenue sur Kiva.org, le site qui met le microcrédit à la portée du premier internaute venu.
Première étape : connectez-vous sur www.kiva.org. Pour «prêter à un entrepreneur particulier dans un pays en développement et lui donner les moyens de se sortir de la pauvreté», comme l'indique la page d'accueil, cliquez, et ils défilent. Marchande de glaces en Equateur, conducteur de moto au Cambodge, éleveur de bétail en Ouganda, boucher en Moldavie, paysan au Kenya ou vendeuse de vêtements au Honduras, ils sont des dizaines. Hommes et femmes, tous entrepreneurs à la recherche de fonds, tous exclus du système bancaire. Trop petits. Ne rapportent pas assez. Vous avez 25 dollars à miser sur un de ces microbusiness ? Cliquez dessus, payez en ligne et attendez qu'il vous rembourse. Cela prendra environ un an, mais les risques sont presque nuls : les organismes de microcrédit affichent des taux de remboursement de 98 % en moyenne, et Kiva peut se vanter d'avoir atteint les 100 %.
Kristin, super-«grandma» de 60 ans, a sauté sur son ordinateur dès qu'elle a entendu parler du site, fin octobre. Elle vit en Alaska et s'apprête à partir deux ans comme volontaire dans l'ONG américaine Peace Corps, en Roumanie. Alors, elle a choisi de dépanner un épicier bulgare, une coiffeuse, bulgare elle aussi, un salon de beauté moldave, etc. Sept prêts en tout, tous en Europe de l'Est : «J'aurai peut-être une occasion d'aller les voir, ce n'est pas très loin de la Roumanie... J'irai me faire coiffer, juste pour voir, raconte-elle. J'avais vendu des livres sur eBay et il me restait 100 dollars sur mon compte Paypal, mais finalement, j'ai mis plus. (...) Elle aime l'idée que son aide aille directement à ceux qui en ont besoin : «Quand vous donnez pour les victimes du tsunami ou de Katrina, 10 % de l'argent arrive dans leurs poches ! Avec Kiva, 100 % vont au projet.»
Compétences et inventivité
Car rien ne serait possible sans ces indispensables intermédiaires locaux. Ces organismes de microcrédit sélectionnent et proposent les chefs d'entreprise, vérifient la solidité des projets, versent l'argent récolté, assurent le suivi et encaissent les remboursements mensuels augmentés d'un faible taux d'intérêt couvrant les frais de fonctionnement. Une fois le prêt complètement soldé, ils renvoient les sommes à Kiva, qui rembourse les débiteurs. Et la boucle solidaro-financière est bouclée. Georgi Breskovsky dirige Mikrofund, une microbanque basée à Sofia qui compte onze agences en Bulgarie. Grâce à l'argent de la fondation Soros, il a distribué cinq mille microprêts depuis 1999. Pour celui de Boris Jordanov et d'une centaine d'autres, il a utilisé le relais de Kiva. «C'est un nouveau moyen, plus simple et plus rapide, de trouver des fonds, explique-t-il, alors que l'accès au crédit est encore très difficile, en particulier dans les campagnes. Ceux qui ont besoin d'emprunter y passent beaucoup de temps et d'énergie, et pour ceux qui s'adressent à une banque, les taux peuvent aller jusqu'à 25 %.» Mikrofund prête à 10 % seulement, de quoi couvrir ses frais de fonctionnement.
Le pionnier du crédit personnel et philanthropique en ligne est en train de décoller. Le 31 octobre dernier, la chaîne de télévision culturelle américaine PBS raconte l'histoire d'une Ougandaise qui a acheté sa machine à fabriquer du beurre d'arachide grâce à la multitude de gens qui ont prêté quelques dizaines de dollars via Kiva. Trente-cinq minutes plus tard, le site est bloqué pendant deux jours, incapable de faire face à un raz-de-marée de bonnes volontés. Depuis, le nombre d'utilisateurs est passé de 6 000 à 12 000, et le cap d'un million de dollars récoltés a été dépassé en décembre. La start-up est désormais à l'équilibre. Selon Matt Flannery, qui tient ses «Chroniques de Kiva» (1) sur le Web, environ 20 000 dollars arrivent chaque jour pour les crédits, plus 10 % de dons pour le fonctionnement du site. «Ce qui veut dire que nous sommes libres de choisir notre destinée et de construire le produit que nous désirons tous, note «l'entrepreneur social» sur son blog. Je ne peux vous dire à quel point cela m'enthousiasme.»
Facile à utiliser et efficace, le site va devoir maintenant gérer la croissance, ce qui implique d'étendre son réseau (qui couvre une vingtaine de pays aujourd'hui) et de trouver de nouveaux partenaires. Car l'idée de lien direct via le Net séduit. Bruno, chef opérateur français, a appris l'existence de Kiva alors qu'il travaillait à New York. Il a commencé à regarder les projets, se demande à quelle micro-entreprise il va prêter, lui qui a «la chance de bien gagner [sa] vie dans un pays riche». «J'aime bien l'idée de la chaîne entre les gens , dit-il, tu prêtes à quelqu'un qui a un projet, si ça marche, cette personne va pouvoir en aider d'autres, qui sans ça se retrouvent à faire le ménage sans papiers en France ou ailleurs...» Chiche ?
Friday, January 05, 2007
História das Microfinanças no Brasil- Développement de la microfinance au Brésil

As microfinanças no Brasil têm uma história recente. Apesar de algumas experiências pioneiras, como a dos CEAPEs – Centros de Apoio ao Pequeno Empreendedor-, o setor somente conheceu uma expansão significativa a partir de meados dos anos 90, graças a três fatores:
- A estabilização macro-econômica, a partir de 1994.
- O interesse do BNDES no desenvolvimento do setor, com a criação do PCPP (Programa de Crédito Produtivo Popular) e do PDI (Programa de Desenvolvimento Institucional).
- Com o desenvolvimento do marco regulatório e as inovações trazidas pela lei das OSCIPs - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (lei 9 790/99) e pela regulamentação do Conselho Monetário Nacional que criou as SCMs - Sociedades de Crédito ao Microempreendedor , bem como as regulamentações subseqüentes específicas ao setor de microfinanças sobretudo a Medida Provisória que isentou as instituições que realizam créditos a micro-empresários da limitação imposta pela lei da usura.
Apesar dos importantes avanços realizados no passado, muitos desafios para se promover um setor sustentável e com impacto social ótimo persistem: diversificar as fontes de financiamento do setor, impulsionar a abrangência e penetração das microfinanças (conhecer a demanda e a oferta), profissionalizar a gestão microfinanceira, aprofundar o desenvolvimento do marco legal são alguns deles.
Atualmente, deve-se destacar a atuação do Comitê do Microcrédito, grupo representativo de instituições públicas e privadas das microfinanças que teve sua origem na quinta Rodada do Conselho da Comunidade Solidária, em fevereiro de 2001 sobre o tema “A Expansão do Microcrédito no Brasil”. Como decorrência desta rodada, foram criados quatro Comitês destinados ao desenvolvimento do setor no país. Em setembro de 2002, os quatro Comitês se fundiram dando origem ao atual Comitê do Micro-crédito que tem por objetivo estudar e sugerir medidas prioritárias que contribuam para o aperfeiçoamento do marco legal do microcrédito no Brasil, tendo por base as propostas sugeridas por seus interlocutores.
Apesar de informal, o grupo tem levantado importantes dificuldades e buscado soluções para as questões mencionadas.
Com o governo recentemente empossado, novas possibilidades para o desenvolvimento do setor das microfinanças se abrem. O debate em torno das novas medidas governamentais deve ser aprofundado e o estabelecimento de um diálogo positivo incentivado.
Mais informações sobre o Programa de Crédito Produtivo Popular e do Programa de Desenvolvimento Institucional aqui e no sitio do organismo Planet Finance Brasil aqui
Thursday, January 04, 2007
Développement- Qu'est ce que le Millenium project.

Il est prévu dans la Déclaration du Millénaire de réduire de moitié, d'ici à 2015, le nombre de personnes dont le revenu est inférieur à un dollar par jour. Il s'agit également de lutter contre la faim, la malnutrition et les maladies, de promouvoir l'égalité des sexes et l'autonomisation des femmes, de garantir une éducation de base pour tous et d'appuyer les principes de développement durable énoncés dans Action 21. Les pays riches se sont engagés à apporter un appui direct aux pays en développement sous forme d'une aide et de mesures concernant le commerce, l'allégement de la dette et les investissements.
Afin de suivre les progrès accomplis, le Secrétariat de l'Organisation des Nations Unies, les organismes des Nations Unies, le Fonds monétaire international (FMI), la Banque mondiale et l'Organisation de coopération et de développement économiques (OCDE) ont défini un ensemble d'objectifs et de cibles mesurables assortis d'échéances en vue de lutter contre la pauvreté, la faim, la maladie, l'analphabétisme, la dégradation de l'environnement et la discrimination à l'égard des femmes .Les experts internationaux ont également retenu des indicateurs afin d'évaluer les progrès réalisés entre 1990 et 2015, échéance qui a été retenue pour atteindre les cibles. Le Secrétaire général établira un rapport annuel sur les progrès accomplis par rapport aux objectifs énoncés dans la Déclaration et présentera les résultats obtenus aux niveaux mondial et régional, en se fondant sur les données relatives aux 48 indicateurs.
En étroite collaboration avec les organismes et fonds des Nations Unies, la Banque mondiale, le FMI et l'OCDE, la Division de statistique du Secrétariat coordonne l'analyse des données et tient à jour la base de données qui contient les séries relatives aux indicateurs sélectionnés, ainsi que d'autres séries qui complètent les 48 indicateurs de base et permettent d'établir des analyses plus détaillées.
Les chiffres présentés dans la base de données sont extraits de séries internationales établies par les différents organismes. La disponibilité des données nécessaires au calcul des indicateurs dans chaque pays est fonction des capacités des organismes statistiques nationaux. Dans de nombreux cas, la Division a recours à des estimations, parce que les données nationales ne sont pas disponibles ou que leur qualité laisse à désirer.
Afin de faciliter l'analyse et l'évaluation des résultats obtenus à l'échelon national, la Division a également présenté les données relatives aux indicateurs et aux autres séries de données par pays, dans le cadre des profils nationaux.
Le suivi au niveau des pays s'avère très important pour évaluer les progrès accomplis dans la réalisation des objectifs de développement et la mobilisation des ressources dont les pays en développement ont besoin pour atteindre les cibles. En collaboration avec d'autres organismes et le Secrétariat de l'ONU, le Programme des Nations Unies pour le développement coordonne et appuie l'établissement des rapports de suivi nationaux.
Wednesday, January 03, 2007
Citigroup Announces Winners of 2006 Microentrepreneur Awards in Pakistan


The provision of micro-financing facility to the marginalised section of society is not a workable solution for poverty alleviation until it was supported by a well-planned mechanism of health, education, sanitation and legal facilities is ensured to the same at the grassroots level, said Dr Isharat Hussain, Chairman of the National Commission for Government Reforms (NCGR), on Thursday.
Poverty is a major challenge that we are facing, he said. Different theories have been presented in the past to alleviate poverty. Some argued to concentrate more on rural areas development. Others opined that the government must acquire macro-economic stability to fight this menace, he said while addressing an award giving ceremony ‘Micro-entrepreneurship Awards 2006’ organised by the Citigroup Foundation – a philanthropic arm of Citigroup – and Pakistan Poverty Alleviation Fund (PPAF).
There is a need that micro-credit banks, other organisations and the government must adopt an integrated approach. There could be no alleviation of poverty if we go ahead with concentration only micro financing, he added.
He said that the total number of borrowers was only one million in the country in 1999, mainly the privileged class. In 2006, this number has increased to 4.2 million and more and more borrowers are from middle-income group. The micro financing banks can be established with equity of Rs 100 million at district level, Rs 250 million for establishing bank on provincial level and Rs 500 million for setting the micro credit bank at the national level. In Bangladesh, there are only three banks, which are providing micro-credit, and the number of borrower has exceeded 23 million while the recovery of loans is around 95 percent. In Pakistan this number is not more than 800,000 as far as the small loans are concerned.
Kamal Hayat, Chief Executive Officer PPAF the number of borrowers for small loans has increased to 800,000 in 2006 from just 50,000 in 2000. He said that the target of one million borrowers in 2007 would be achieved.Zubyr Soomro, Managing Director and Country Officer Pakistan Citigroup said that poverty was permanent problem. Micro financing is workable solution. This has proved itself to be so in most of the countries like Bangladesh and some in Latin America. There is a need to create awareness by using latest information technology.
The twenty winners were formally announced at the ceremony. The winners and runners up in ten categories were given awards by Dr Ishrat Hussain, former governor of the State Bank of Pakistan.
The Members of Awards Advisory Council including Faryal Gauhar, former UN Goodwill Ambassador, Aazar Bhandara, Economic Growth Advisor US Aid, Babar Aziz, Director Finance Save the Children (US), M.R Khan, Financial Management Consultant, Seema Aziz, Chairperson CARE Foundation, Ayesha Muzaffar, senior financial analyst IFC, micro-entrepreneurs, representatives from microfinance institutions as well as important officials from the ministries, central bank, diplomats, dignitaries and members of the screening committee were also present on this occasion.
The advisory council selected 10 winners and as many runners up in each of the 10 categories after several rounds of screening and field interviews. The two top prizes for the categories of Best Male Micro-entrepreneur and Best Female Micro-entrepreneur were awarded to Mr Anopo (Tharparkar) and Ms Ghazala Yasmin (Faisalabad) respectively. Other awards were given to winners and runners up in the four ‘Best Rural Micro-entrepreneur’ and four ‘Best Urban Micro-entrepreneur’ categories. The winners received prize of Rs 2 million. The award programme is a global effort by Citigroup Foundation, taking place in more than 20 countries. ´
Daily Times- Micro-financing needs basic infrastructure: Dr Ishrat
Monday, January 01, 2007
Et à tous ...

J'espère que ce blog continuera à se construire et que vous serez toujours aussi nombreux à m'envoyer des e mails et plus à laisser des commentaires qui me sont précieux pour l'améliorer.
Un grand merci à tous et à un prochain post.
Saturday, December 30, 2006
Assinado acordo para aumentar os montantes para o dobro (Portugal)
Em Portugal:
Os montantes do microcrédito vão aumentar para o dobro. O acordo foi assinado esta tarde. Foram já atribuídos cerca de 600 microcréditos em Portrugal, num total de 2.400 milhões de euros, com uma elevada taxa de sucesso.
Para ganhar eficácia no terreno, o Governo português assinou um acordo com a Associação Nacional de Direito ao Microcrédito, uma associação mediadora entre os candidatos ao microcrédito e os bancos que vai receber 700 mil euros de apoio do Estado para reforçar o trabalho de mediação. A Associação mantém contactos de proximidade com os cidadãos desempregados ou excluídos - principais candidatos ao microcrédito. Assume também uma parte dos riscos ou arranja as garantias que facilitam o empréstimo bancário. O objectivo é chegar aos 220 microcréditos por ano, que a partir de agora podem ter um montante mais elevado.
Wednesday, December 20, 2006
Comme promis.. Extraits choisis de l'interview de Muhammad Yunus (pour le JDD)

Muhammad Yunus, icône mondiale du microcrédit, est passé du 10 Downing Street, à Londres, hier matin, chez Tony et Cherie Blair, au perron de l’Elysée, où Jacques Chirac l’a reçu dans l’après-midi. Le soir, un dîner de gala organisé par PlaNet Finance, l’ONG de Jacques Attali, lui rendait honneur au musée des Arts forains à Paris. (..) Il tiendra une conférence au Palais des Congrès pour Reporters d’espoir, avant de retrouver autour d’un dîner Frank Riboud, le président de Danone, avec lequel il cofinance une usine de yaourts à Bogra, dans le nord du Bangladesh. Le marathon parisien du fondateur de la Grameen Bank s’achèvera demain, après une matinée de travail avec les membres du comité d’honneur de Pla-Net Finance, qu’il copréside avec Abdou Diouf, l’ancien président du Sénégal.
On vous surnomme le « banquier des pauvres » et votre rêve est de venir à bout de la pauvreté dans le monde d’ici à 2030. Le comité Nobel a préféré voir en vous le champion de la paix. Pourquoi?
Parce que je lie la question de la pauvreté à celle de la paix. La pauvreté fait peser une menace sur la paix. Elle sert de ferment à la violence et à toutes les formes de radicalisation. Lorsque les gens mangent à leur faim, ils sont plus pacifiques.
Revenons en arrière, à ce jour où vous avez décidé de prêter 27 dollars à 42 paysannes bangladaises, avec le succès que l’on sait: naissance de la Grameen Bank, développement international…A votre avis, pourquoi le microcrédit a-t-il fonctionner?
C’était un pari. Je n’étais pas sûr de récupérer ma mise. Après tout, beaucoup de mes concitoyens qui empruntaient de l’argent auprès des banques n’honoraient pas leurs dettes alors qu’ils étaient riches.
Alors, pourquoi des exclues bancaires comme mes paysannes de Jobra auraient elles fait mieux?
Contre toute attente, elles sont mises un point d’honneur à me rembourser. Je pense que cela a fonctionné parce que les gens que nous avons financés avaient besoin d’argent et que nous leur proposions un moyen simple de l’obtenir. Les rapports interpersonnels étaient directs. On ne leur demandait pas de venir dans une banque traditionnelle, ce qui aurait pu les inhiber.
Le plus étonnant, c’est aussi que le microcrédit ait fonctionné au Bangladesh, dans un pays musulman où on condamne le prêt à intérêt et où vous vous êtes appuyé sur les femmes.
On a refusé de tenir compte des préjugés et des interprétations que certains religieux font du Coran, qu’il s’agisse du prêt à intérêt ou du rôle des femmes dans la société. L’islam ne dit pas que les femmes doivent rester cloîtrées chez elles. Cela n’a pas empêché certains groupes de s’opposer à notre action. Qu’il s’agisse de mouvements religieux ou de représentants de la gauche radicale qui nous reprochent de faire le jeu du marché.
Le microcrédit a fait ses preuves partout dans le monde, et pourtant, la pauvreté n’est pas en recul. Prêter aux plus démunis ne suffit pas…
La pauvreté a reculé au Bangladesh. Au cours des quinze dernières années, elle a baissé de 20 %, et je pense que, par rapport aux objectifs fixés parles Nations unies de diviser par deux d’ici à 2015 le nombre de pauvres dans le monde, nous sommes parfaitement dans la course : 58 % des clients de la Grameen Bank sont sortis de la pauvreté. En marge du microcrédit, bien entendu, il y a d’autres leviers à actionner : aide internationale, dons, programmes d’éducation, action gouvernementale, actions contre la maladie…
Si vous déteniez l’argent du développement (106 milliards de dollars l’an dernier), comment le dépenseriez vous?
Je le consacrerais sans doute aux mêmes causes, mais je ferais en sorte qu’il arrive directement aux plus besogneux, en faisant jouer les mécanismes de marché. Par exemple, au lieu de laisser la propriété d’un pont au gouvernement, comme cela se fait d’ordinaire, je la donnerais aux gens pauvres pour qu’ils en prennent la responsabilité en collectant des péages et réinvestissant les sommes ainsi collectées dans l’entretien du pont ou la construction d’une autre infrastructure.
Beaucoup de gens voient en vous le trublion de l’humanitaire. Avec votre approche d’entrepreneur, proposez-vous un contre-modèle aux écoles d’aide fondées sur l’assistanat et le don?
Je fonctionne comme une entreprise, je fais des profits, mais je ne prends pas l’argent des organisations caritatives. Donc, je ne vois pas ce en quoi je peux les déranger. Et je ne critique pas leur modèle, même si je les encourage à introduire le microcrédit dans leur système de financement.
Chez nous, pensez-vous que le microcrédit soit un outil anti-exclusion efficace?
S’il y a des gens à Paris qui se voient refuser un prêt pour insuffisance de ressources par les banques traditionnelles, cela veut dire qu’ils ont besoin de nous. Pourquoi devraient-ils être des exclus bancaires?
Nos Etats-providence ne vous font pas rêver. Pourquoi?
Le modèle social tel que vous le pratiquez est un piège pour les gens. Il ne devrait pas les enfermer comme des animaux dans un zoo. Or, c’est ce qui a tendance à se passer. Une fois que vous êtes pris en charge, plus rien ne vous incite à vous reprendre en main.
Si vous aviez reçu le prix Nobel d’économie, ce serait en tant que champion du libéralisme ou héraut de l’altermondialiste?
Je suis pour le marché, mais pas pour le capitalisme forcené. Une vision 100 % libérale fait de la maximisation des profits le seul objectif d’une entreprise. Moi, je crois aux vertus d’un capitalisme social, qui ne cherche pas à gagner de l’argent sur le dos des pauvres mais aussi à ne pas en perdre. C’est d’ailleurs l’économie du projet que je mène en ce moment avec Danone et notre usine de yaourts au Bangladesh. Danone ne cherche pas à faire des bénéfices avec cette usine, ni à en retirer des dividendes, mais à récupérer un jour les capitaux qu’il a investis dans l’affaire.
Une sorte de capitalisme socialement responsable?
Cela changerait radicalement le visage de la mondialisation. Pour que cela soit gagnant-gagnant pour tous, les grands groupes et les gens qu’ils font travailler. Sinon, on ne peut pas faire le poids face à des entreprises qui pèsent autant, voire plus que les budgets de certains Etats. C’est un combat très inégal et, pour l’instant, personne ne joue les arbitres sur ce terrain. La question du dosage social touche aussi le monde de la microfinance. Deux camps s’opposent aujourd’hui. Celui des banques, qui veulent venir sur ce marché avec un système de prêts classiques qui leur rapportera des profits avec des taux d’intérêt plus élevés, et mon camp. J’espère bien sûr remporter cette bataille.
Quel meilleur passeport qu’un prix Nobel de la paix pour faire carrière en politique ou à la tête d’une instance internationale. Vous y songez?
Mes objectifs sont clairs. Continuer à promouvoir le microcrédit à travers le monde et faire pousser des entreprises socialement responsables. Mais je ne vise pas la présidence de l’ONU ou celle de mon pays. Pour l’instant en tout cas. Au Bangladesh, la vie politique est bien trop rude et violente pour moi.
Sunday, December 17, 2006
La une du Journal du Dimanche d'aujourd'hui

Bonne soirée !
Wednesday, December 13, 2006
Un Fond de Notation et d’Evaluation pour la Microfinance

Tuesday, December 05, 2006
Une petite parenthèse.

Il montre notamment que 70 % des plus bas revenus de Chine ont vu leur pouvoir d'achat baisser ces dernières années. Entre 2001 et 2003, si l'on en croit les chiffres de la banque mondiale, les 10 % des Chinois les plus pauvres se sont ainsi appauvris. De plus, si les plus démunis se trouvent aujourd'hui partout dans le pays, la pauvreté reste malgré tout un problème paysan.
"Le parallèle est saisissant : un taux de croissance de 10 % annuel depuis le début du siècle correspond à une décroissance de 2,5 % du revenu de ces 10 % de Chinois les moins riches."
Sur 1, 3 milliard d'habitants, 130 millions de personnes survivent avec moins de 1 dollar par jour (contre 377 millions en 1990). Résultat, le produit national brut (PNB) de la République populaire ne cesse d'augmenter et la classe moyenne supérieure ne cesse de s'enrichir au détriment de ceux qui ne cessent de s'appauvrir...
Certains experts estiment ainsi que le démantèlement progressif du système de protection sociale dont jouissaient les employés d'"unités de travail" explique en partie l'appauvrissement de certaines classes sociales."
Voila le lien vers cet article:
Friday, December 01, 2006
Différence entre financement rural et financement agricole
En quoi le financement rural et le financement agricole sont-ils spécifiques ?
Malgré la forte progression de l’urbanisation, une majorité de populations des pays du Sud et de l’Est est encore aujourd’hui rurale. Le développement des activités économiques de ces populations est un enjeu majeur pour l’amélioration de leurs conditions de vie et la lutte contre la pauvreté.
Le manque d’accès au financement reste une contrainte forte du développement des activités économiques rurales. L’environnement rural impose des contraintes spécifiques pour le développement des services financiers :les contextes, les populations, les activités rurales sont très diverses, souvent mal connus et difficiles à appréhender par les institutions de financement.
Dans bon nombre de zones rurales, l’éloignement géographique par rapport aux centres urbains, les faibles densités de population, l’enclavement et des infrastructures insuffisantes freinent le développement des activités économiques et entraînent des coûts de transaction élevés pour les services financiers
les activités économiques rurales comportent des risques importants, divers (climatiques, économiques, …) et souvent difficiles à maîtriser.
Le capital humain rural est souvent faiblement développé : analphabétisme, faible niveau de scolarisation, manque de capacités de gestion économique.
De nombreux contextes ruraux restent marqués par « une histoire de crédit » difficile, ayant entraîné un endettement important au niveau des ménages et des organisations rurales et une grande méfiance de la part des institutions financièresAu sein du financement rural, le financement des activités agricoles pose des problèmes plus spécifiques encore : activités diversifiées dont une part significative des produits est auto consommée et ne génère pas de revenu monétaire direct, besoins de financer l’investissement agricole, niveau de risque particulièrement élevé et mal maîtrisé …
Plus d'information sur la finance rurale et agricole: ici
La Chine encourage le développement du microcrédit pour amplifier l'emploi
[...]
Lors d'une réunion tenue précédemment avec Dr. Muhammad Yunus, Prix Nobel de la Paix 2006 pour avoir développer microcrédit, Wu a admis qu'il restait beaucoup de défis pour généraliser le microcrédit en Chine.
"Les sérieux risques financiers dans les secteurs ruraux avaient mené le régulateur à cesser de publier des permis d'opérations bancaires ces dernières années, par exemple" a-t-elle dit.
Les statistiques prouvent que seulement 27,3% des ménages ruraux de Chine ont tiré un bénéfice du microcrédit fourni par les coopératives rurales de crédit.
"Un manque d'investissement et un statut juridique peu clair des établissements de microcrédit ont causé un goulot d'étranglement terrible dans les opérations de microcrédit," a dit Du Xiaoshan, un expert de l'Académie Chinoise des Sciences sociales.
[...]
A la fin de septembre, les institutions financières de Chine avaient distribué 7,45 milliards yuan (US$930 millions) dans des projets de microcrédit, qui a aidé de nombreuses personnes qui avaient perdu leurs emplois d'en retrouver.
Lien vers l'intégralité de l'article: ici
Thursday, November 30, 2006
Récente mise à jour du site de CERISE.

